Nota 10 em Loucura é o que não vai faltar

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Literaturas Escolares: As Aventuras de Pinóquio



Quem disser que nunca ouviu falar de Pinóquio, corre o grande perigo de ver o nariz crescer por uma mentira!

Mas a verdade é que poucos realmente conhecem o Pinóquio de Carlo Collodi, como também Gepeto, o Grilo, a Fada Azul, a Raposa e o Gato, e tantos outros personagens, devidos as inúmeras adaptações que existem da história.

No mês passado tive a oportunidade de pegar emprestado na biblioteca da minha antiga escola essa edição, da Editora Paulinas, com o texto integral de Carlo Colodi cuidadosamente traduzindo para não perder o estilo da sua escrita. O que para mim foi maravilhoso, já que de uma certa forma redescobri Pinóquio.


Gepeto cria Pinóquio a partir de um pedaço de madeira que ganhou do Mestre Cereja (que quiz se livrar dela já que a ouvia falar) e criou um boneco que pudesse lhe servir de filho na sua solidão.


O boneco, cheio de persoanlidade própria, desde sua criação dá muito trabalho e trás muita confusão para seu pai Gepeto (o que o faz a levar até ficar preso!). Gepeto é uma representação de todos os pais, que a apesar de ter todos os motivos do mundo para castigar um filho indiciplinado, sempre dá mais uma chance para ele, e é capaz de fazer qualque coisa pelo filho, até vender seu próprio casaco, em pleno inverno, para comprar a cartilha que levará seu filho à escola.


Mas o que Pinóquio faz? Rejeitando os conselhos do Grilo, envolve-se com pessoas inadequadas, é enforcado, enganado, roubado, escravizado, torna-se um burro (literalmente) por não ir à escola, dá de cara com assassinos e chega perto da morte inúmeras vezes, nunca conseguindo voltar para casa, fazendo com que seu pobre pai Gepeto parta em busca dele.


Mas no caminho, Pinóquio encontra também grandes amigos que tentam colocá-los nos eixos como a Fada Azul, que nada mais é do que uma representação da figura materna na vida das crianças. Amorosa e suave, mas disciplinadora, a Fada promete que se Pinóquio for a escola e se tornar um bom boneco, ele se tornará um bom menino.


E é aí que encontro a diferença entre todas as adaptações que já vi. A frase que sempre escutamos é que Pinóquio quer se tornar um "menino de verdade", enquanto que no livro Pinóquio só se tornará humano quando for "um bom menino".


Talvez Pinóquio seja uma das figuras mais interessante da literatura, pois, apesar de ser o protagonista, ele não é perfeito. Existem momentos que sentimos muita raiva pelos absurdos que ele faz, mas logo em seguida sentimos pena dele. Porque talvez, no fundo, somos todos como Pinóquio: queremos fazer a coisa certa, mas muitas vezes a fazemos da forma errada. Comete mais erros do que acertos na maior parte do tempo, mas seu amor a seus pais o impulsiona na Odisséia de se tornar um bom menino.


Com uma escrita bem humorada e envolvente, As Aventuras de Pinóquio é uma bela história sobre a moral contada de uma forma muito divertida e emocionante.

Posters Minimalistas por Pedro Vidotto

Sempre quando um novo filme está prestes a estrear, é lançado um cartaz/poster para o filme, que busca exprimir tudo o que a história representa. Entre tantos posters superelaborados, o artista brasileiro Pedro Vidotto recriou os cartazes de alguns filmes, mas com um toque minimalista. O resultado é surpreendente, o que nos faz rir e lembrar aquele detalhezinho que sempre nos faz lembrar do filme. Então, confiram o trabalho abaixo:


































Para quem gostou do trabalho de Pedro Vidotto, confiram mais alguns cartazes aqui.