Nota 10 em Loucura é o que não vai faltar

terça-feira, 1 de junho de 2010

Literaturas Escolares: Matilda

O livro dessa semana é Matilda, de Roald Dahl.
Isso mesmo, a história da menininha que fazia as coisas flutuarem com o poder da mente e que o filme já passou dezenas de vezes na sessão da tarde (e que eu nunca me canso de ver xD).

"Todos os dias Matilda passava horas na Biblioteca, lendo um livro atrás do outro. Mas, quando mais ela lia, mais aumentavam os seus problemas. Os pais passavam o tempo todo vendo televisão, e achavam estranha a menina gostar de ler. A diretora da escola achava Matilda uma fingida, pois não acreditava que uma criança tão nova pudesse saber tantas coisas."

Matilda é uma criança fantática que com um ano e meio de idade já falava corretamente e aos cinco já havia lido grandes livros como O Jardim Secreto, Orgulho e Preconceito, obras de Dickens como Grandes Esperanças, e O Leão a A Feiticeira e o Guarda Roupa, de C.S Lewis. É capaz de fazer cáculos enormes de cabeça, como uma calculadora. Apesar da inteligência espantosa, sua aparência lembra uma criança comum, e não é nem um pouco pedante, deixando para mostrar seu conhecimento nos momentos certos.

Apesar da história fantástica e cheia de humor, Matilda aborda assuntos bastantes sérios. Pais que não demonstram interesses pelos próprios filhos, que como disse o autor, os tratam como "cascas de feridas". " Cascas de ferida a gente tem que aguentar por algum tempo, até chegar a hora de livrar-se dela joga-la fora." Além do notável preferentismo que o pai tem sobre o filho mais velho e suas trapaças para vender carros usados.

Outro tema que o livro aborda são os maus tratos que as crianças muitas vezes sofrem na escola, o que é ainda pior quando quem comete tal delito, é alguém que deveria estar cuidando do futuro delas. As agressões verbais e físicas que a diretora da escola, sra. Taurino, aplica aos seus alunos é de fazer qualquer profissional de piscologia ficar embasbacado. Se você já assitiu o filme e achava aquela mulher assustadora, acredite, no livro ela é muito pior.

A salvação de Matilda (ou seria o inverso?) é a amizade com a doce Senhorita Mel, a professora de sua turma, que esconde um passado obscuro.

Enquanto que o filme explora os efeitos visuais do poder de Matilda, no livro a menina os usa poucas vezes e somente em casos de necessidade. (Apesar de eu amar aquela cena no filme em que ela faz as cartas flutuarem no quarto dela *-*).
A narrativa se atenta mais a explicar o que passa na cabeça dela (ou melhor, nos olhos) quando ela usa seus poderes. Talvez a melhor resposta seja o fato de que Matilda sempre foi uma criança precoce e que gostava de ler.

Com uma linguagem fácil que nos ajuda a devorar o livro de 255 páginas num segundo, Matilda nos lembra como é importante lutarmos pelos nossos sonhos e não nos deixarmos ser prisioneiros psiquicos de ninguém e que nunca, mas nunca, faça mal à uma criança, porque com certeza ela vai querer castigá-lo.

3 comentários:

  1. Ahh eu ainda quero ler esse livro *0*. Gosto bastante quando o autor do livro alem de fornecer sua história principal para entreter, aborda temas sérios por trás da trama.

    ResponderExcluir
  2. eu não sabia que tinha livro, mais amo o filme.

    ResponderExcluir
  3. eu não sabia que tinha livro, mais amo o filme.[2]

    ResponderExcluir